xadrez

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domingo, 12 de abril de 2015

OS JOGADORES

OS JOGADORES

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Aqui entramos na última parte da descrição dos componentes essenciais do jogo de xadrez. Isso porque, mesmo na Lenda de Sessa, o jogador só aparece depois de se ter inventado os demais componentes do jogo; para tanto, é só recordarmos que quando Sessa apresenta o xadrez para o Rei, ele expõe primeiramente o tabuleiro, depois as peças, em seguida as regras e só depois de tudo isso é que os jogadores passam a praticá-lo. O jogador só desponta depois do jogo estar pronto para ser exercitado. Ele é um operador, um intermediário que faz com que o jogo se realize.

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Historicamente, no início, na Índia Antiga, o jogo era praticado por quatro jogadores e só depois, na Pérsia (atual Irã), que passou a ser jogado por duas pessoas, como ainda hoje é praticado. Dessa forma, são necessários dois jogadores, cada qual responsável pela condução de seu bando, de seu reino. 
Mas, qual o papel do jogador no jogo de xadrez?  Quais são as suas obrigações enquanto componente do jogo?
A maioria das pessoas acreditam que o papel do jogador é mover as peças. Mas, quando o observamos de maneira mais apurada, notamos ser ele um componente muito mais complexo e intrincado do que na maioria das vezes imaginamos. Quem joga sabe o grau de intensidade que é exigido numa partida de xadrez. E tanta responsabilidade se deve à função que lhe é atribuída enquanto componente do jogo de Sessa. Para realizar sua incumbência é necessário que realize simultaneamente a junção dos demais componentes que perfazem o jogo de xadrez. Sendo assim, para ser jogador de xadrez, antes ele tem que conhecer cada componente isoladamente, caso contrário não terá como praticá-lo. Essa exigência não é exclusiva do xadrez, mas como seus componentes são diversificados, obriga que o jogador se prepare mais para poder realizar uma partida. É exatamente essa diversidade de conhecimentos que iremos abordar, para com isso, conseguirmos atingir um melhor entendimento do grau de importância e compromisso deste em uma partida de xadrez.

O jogador tem que conhecer o tabuleiro, o espaço limítrofe que ele poderá utilizar, para que com isso possa respeitar sua composição e seus limites. Só assim, poderá aproveitar o máximo que esse componente pode oferecer para que atinja o que o tabuleiro pode proporcionar durante uma partida.

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Outra obrigação importante para o jogador, é de conhecer cada peça do jogo, sabendo como se movimenta e captura; sabendo manuseá-la tanto individualmente, quanto com as demais peças no tabuleiro. Como as peças são de diferentes tipos, o jogador tem que conhecer as diferentes naturezas e características de cada uma delas, para que quando empregadas ele saiba escolher qual o melhor momento para movimentá-las, aproveitando a plenitude que cada peça pode alcançar, a cada lance.

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Em relação as regras do jogo, o enxadrista tem que conhecer, respeitar e acatar cada uma delas, sabendo quando aplicá-las, buscando ser justo e exato, para poder aproveitar tudo que cada regra oferece na realização do jogo.
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Dessa forma, o jogador é o intermediário, o elo que liga todos os componentes, aplicando-as conjuntamente através da partida, onde o jogo passa a existir, onde ele se desenrola e se realiza. O jogador é essa conexão, esse componente unificador que unidimensiona os diversos elementos em um único corpo, dando vida e vigor ao jogo de xadrez. É a consciência do jogo, aquilo que envolve, orienta, organiza e dá sentido a cada peça, regra ou casa a ser ocupada. É a alma do jogo, pois é ele que faz com que cada componente inerte, ao ser unido aos demais componentes inertes, ganhem corpo, vida e fluidez.

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Por fim, o jogador é o único elemento externo do xadrez, já que existe antes e depois da realização de uma partida. Inclusive, o jogo foi criado para o jogador, para servir seu praticante, o que lhe dá uma condição de onipotência e onisciência quase divina por ser a razão de ser do jogo, seu início, meio e fim.
Com isso, terminamos essa série de análise dos componentes que constroem o jogo de xadrez. Espero termos conseguido ampliar a visão acerca desse jogo tão rico de possibilidades.
Nas próximas postagens, começaremos uma série de abordagens acerca da aplicabilidade do xadrez nas mais diversas áreas, como maquete para estudos e vivências, aperfeiçoando nosso conhecimento teórico e prático em cada área referenciada. Nossa primeira postagem será acerca da gestão no jogo de xadrez. O título será: XADREZ: UM JOGO PARA GESTORES.

Abraços
Fernando Manarim






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