XADREZ: UM JOGO PARA
GESTORES
Como já expusemos em postagens
precedentes, o xadrez foi criado para ajudar um rei angustiado e depressivo a
restabelecer a vontade de viver. Logo, o xadrez é um jogo diferenciado por
poder através de sua constituição representar situações das mais variadas, já
que, espelha a realidade nas suas mais diversas nuances e multiplicidades,
bastando para isso, substituir os componentes do jogo pela situação a ser vivenciada.
Essa característica é uma de suas
principais qualidades, pois, o xadrez pode virar uma ferramenta essencial para
simulação de acontecimentos em qualquer área que vise um planejamento
estratégico e prático para sua solução. E, é exatamente essa faceta pedagógica
que iremos apresentar a partir dessa postagem. Nossa primeira área a ser
abordada será referente a esfera da gestão, da administração, do gerenciamento
empresarial e de negócios em geral. Demonstraremos que o jogo de xadrez, se praticado
sob tal enfoque, podendo prestar grandes contribuições na formação e na
experimentação de sistemas de gestão e logística, antes de sua aplicação na
empresa ou no mercado em geral. Espero que isso possa servir de auxílio valioso
para os gestores, como também na graduação acadêmica e todos os tipos de cursos
de gerenciamento e administração.
GESTÃO:
A palavra gestão significa
gerenciamento, administração, seja de uma instituição, empresa ou uma entidade
social. É um ramo das ciências humanas
que busca a sinergia entre as pessoas, a estrutura da empresa e os recursos
existentes.
Suas funções são de fixar metas e
alcança-las através do planejamento, analisar e conhecer os problemas a
enfrentar, buscar solucioná-los, organizar recursos financeiros, tecnológicos, exercer
liderança, dirigir as pessoas, tomar decisões precisas e procurar controlar todo
o conjunto.
Enfim, todos os requisitos básicos
que um jogador de xadrez precisa empregar e desenvolver nas partidas. Logo, se
olharmos para o jogo como uma maquete de uma empresa ou de duas empresas
disputando a hegemonia do mercado, poderemos estudar de maneira concreta e
dinâmica o mundo administrativo, podendo vivenciar através dos lances qual a
postura que um gestor deve ter para com a empresa e o mercado de negócios. Uma possibilidade
de experimentar de maneira ativa e prática o que significar administrar uma empresa
no mundo dos negócios, algo que a graduação acadêmica se ressente, por não
poder passar de maneira viva qual a natureza e o perfil exigido para quem
decidiu se transformar nesse tipo de profissional, por falta de ferramentas de
simulação que se assemelhem de maneira dinâmica as funções exigidas para um
gestor capacitado e pronto para exercer seu papel na empresa.
SIMILARIDADES ENTRE A CONSTITUIÇÃO DO
JOGO E DA GESTÃO EMPRESARIAL
A constituição do jogo pode ser
transferida para o mundo da gestão, bastando para isso justificar as
semelhanças entre os componentes do xadrez e os respectivos componentes do
mundo gerencial. Em outras palavras, basta transladar os componentes que
constituem uma empresa para os componentes similares que formam o jogo de
xadrez.
Em primeiro lugar, por simbolizar o
espaço físico onde o jogo acontece, o tabuleiro representa tanto a área
espacial onde se localiza a empresa, como também pode representar o mercado
concorrencial no mundo dos negócios. É a área limítrofe onde a empresa existe,
ou, o espaço onde ocorre a concorrência entre as entidades afins.
É tarefa do gestor conhecer
detalhadamente o tabuleiro de sua empresa, como também o tabuleiro do mercado
dos negócios. Isso porque, é fundamental compreender e dominar o espaço para
saber como ocupa-lo de maneira mais inteligente e eficiente possível, pois esse
conhecimento pode lhe dar uma grande vantagem na concorrência do mundo
empresarial, como também fazer com que ele diminua os gastos se souber ocupar o
espaço de sua empresa de maneira mais otimizada e obtendo tudo o que esse
espaço pode propiciar para agregar os lucros de sua empresa.
Sabemos que no xadrez o tabuleiro tem alguns atalhos que
quando o jogador de xadrez detém tal conhecimento, pode mudar o resultado de
uma partida. A forma como um jogador de xadrez ocupa o tabuleiro, demonstra o
nível de excelência que este possui acerca do jogo. Uma das estratégias mais
comum no xadrez é buscar controlar o centro do tabuleiro, para com isso ter
vantagem espacial, fazendo com que este consiga controlar o adversário.
O mesmo ocorre numa empresa, pois o
gestor que sabe organizá-la aproveitando o máximo que sua delimitação espacial
pode oferecer, faz com que ele amortize os gastos, aumentando sua
competitividade, já que o custo da mercadoria ou serviço produzido tende a
diminuir e com isso o preço final do produto estará mais em conta em relação à
concorrência.
O jogador que sabe ocupar as principais
casas, num primeiro momento, e que depois vai aumentando sua ocupação espacial,
cria um domínio e um controle sobre o adversário, que fatalmente determinará
num resultado positivo. O enxadrista que joga pensando em dominar e controlar
casas tem um jogo muito mais consistente e seguro, já que as casas são fixas e
são uma referência muito mais estanque e certeira do que se jogar apenas
pensando em atacar peças, que se movem e com isso são fugidias causando muitas
dificuldades na sua captura.
Se o gestor visualizar o tabuleiro
como o espaço geográfico a ser ocupado de maneira abrangente, ele poderá
estabelecer um plano, respeitando a área e as nuances que cada superfície representa,
semelhantemente a ocupação de uma empresa ou do mercado onde se estabelece as
concorrências pela hegemonia entre as demais empresas.
Na próxima postagem iremos expor a
questão das peças como componentes do universo da gestão empresarial e como
elas podem ser utilizadas dentro desse mundo da administração e da gerência.
Obrigado a
todos
Fernando
Manarim
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