xadrez

xadrez

sábado, 24 de janeiro de 2015


           Um dos principais propósitos desse blog é apresentar o jogo de xadrez como uma miniatura arquitetônica da vida real, uma maquete que exprime através de suas partes constituintes parcelas análogas na constituição dos seres humanos.  Algo que reflete a realidade tanto do indivíduo que o pratica como do seu entorno, por ambos terem o mesmo tipo de organização, composição e funcionamento. Praticado dessa maneira, o jogo de xadrez pode se tornar um verdadeiro instrumento terapêutico e pedagógico para a vida de seus praticantes, já que, a princípio, foi criado com essa intenção. Para ilustrar tal afirmação, aludiremos à lenda mais popular de sua criação, lenda transcrita por Malba Tahan, na obra “O homem que calculava”, livro fascinante e fundamental na formação e educação das pessoas. A Lenda de Sessa aponta as causas que levaram à criação desse jogo milenar ainda hoje tão respeitado e reconhecido pela maioria das pessoas, conscientemente ou não.

            Sendo uma maket da vida, faz-se necessário a realização de uma comparação do jogo de xadrez com o ser humano e seu entorno, demonstrando as similaridades que compõem as duas partes. Para tanto, podemos subdivir o jogo em quatro elementos básicos: Tabuleiro, Peças, regras e Jogador. Em seguida, fazer um paralelo desses componentes com a composição humana e sua vida em sociedade, demonstrando como cada elemento é representado subsequentemente tanto no jogo como na realidade. Esse paralelo é que faz do xadrez um jogo diferenciado e de tamanha durabilidade já que pode ser um campo de testes na observação, no conhecimento e no aperfeiçoamento das pessoas. Basta para isso, práticá-lo dentro desse prisma e não somente como vem sendo praticado no Ocidente, ou seja, unicamente sob a formula da competição e do resultado, forma muitas vezes excludente e massacrante, por elevar o resultado acima dos praticantes e dos demais componentes do jogo de xadrez.

            Finalmente, seria importante praticar o jogo dentro dessa ótica existencial, onde o objetivo transpõem o tabuleiro refletindo e transformando seus praticantes no dia-a-dia, partida a partida, aperfeiçoando os praticantes tanto no tabuleiro como, principalmente, na vida.
            Nas próximas postagens continuaremos desenvolvendo esse tema e aprofundando essa relação jogo x realidade.

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