AS PEÇAS
PARTE I
Existem 32 peças de xadrez, sendo 16
brancas e 16 negras. Para a ciência arcaica
o número 32 pode ser sintetizado pelo número 5 (3+2), que indicava a Lei do
Karma, que representava a lei da encarnação, da vida, lugar da decadência, do
ciclo da vida e da morte, das coisas finitas e mortais. É o mundo que vivemos,
o mundo dos interesses, da negociação, do ganhar e perder, do ser e ter ...
Essas peças
são subdivididas da seguinte forma, de cada lado:
1 REI
1 RAINHA
2 TORRES
2 BISPOS
2 CAVALOS
8 PEÕES
1 REI
1 RAINHA
2 TORRES
2 BISPOS
2 CAVALOS
8 PEÕES
Elas representam nossas próprias imperfeições. Representam o
conceito de tempo, pois são cíclicas e finitas como nosso corpo ou todos os
atributos que constituem nosso corpo.
Representam o homem com suas virtudes, defeitos, qualidades,
em toda sua constituição física, psíquica e emocional; em outras palavras as
Brancas e as Pretas simbolizam o corpo concreto de cada jogador, é uma extensão
do praticante do jogo.
Historicamente, as peças sofreram algumas transformações no
decurso de sua existência, no entanto, sempre existiu um simbolismo estrutural
que sempre presidiu as qualidades que cada peça representa no jogo.
Nessa primeira postagem falaremos acerca do Rei, peça
principal do jogo de xadrez. Nas próximas descreveremos as outras peças da
mesma forma que fizemos com as partes que constituíam o tabuleiro.
O REI
O Rei sempre foi uma figura axial. Numa partida de xadrez ele
representa a essência de todas as outras peças.
Nas culturas antigas o Rei equivaleria ao que eles alcunhavam
de Eu Superior, a parte mais sagrada, espiritual do jogo. O Eu Superior no
homem, para as civilizações antigas, era o que chamamos hoje da parte mais
espiritual no homem. Representa o conceito de eternidade, infinitude e
realização plena e total que o ser humano pode alcançar. É a parte mais divina
do jogo e do ser humano. O princípio e o fim de tudo.
Ele é uma representação masculina, simbolizando a sabedoria,
a orientação, a estratégia, a referência e liderança. É a figura que ao ser conquistada
derruba o império, a civilização, a vida, a guerra e o jogo. É a peça central
do Jogo de Xadrez.
O objetivo central do xadrez é colocá-lo em uma situação tal
que não possa se mover e ao ser atacado, ai se dá sua morte, Xeque-Mate (Rei
Morto).
Como o Rei só pode se movimentar uma casa em todas as
direções, fica óbvio a demonstração de sua impotência e dependência,
característica básica que todo líder têm para com o restante das peças, para o
restante do reino que rege.
O “Roque”, movimento especial do jogo, quando foi criado,
tinha como conceituação filosófica a proteção que o líder recebia por parte do
Sistema que ele é regido. Simbolizado um tipo de fortaleza que resguarda e
protege o rei e todo o reino.
O Rei simboliza o jogador no tabuleiro, aquele que busca
controlar e administrar seu reino e dominar o reino oposto. Reflete diretamente,
o jogador do xadrez, aquele que busca ser soberano e principal responsável por
tudo que acontece na sua vida, seja internamente, seja externamente. Um homem
ativo, sujeito e principal protagonista do drama da vida.
Na próxima postagem abordaremos a Rainha ou Dama, o lado feminino do todo.
Abraços
Fernando
Manarim
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